“Ou toca, ou não toca.” Práticas tecnodiscursivas em torno de Alejandra Pizarnik e Clarice Lispector: arquivos afetivos, performances políticas e genealogias feministas
DOI:
https://doi.org/10.35305/b.v13i25.617Palabras clave:
Afeto, Alejandra Pizarnik, Clarice Lispector, Discurso Digital, FeminismoResumen
Este trabalho analisa práticas discursivas digitais sobre Alejandra Pizarnik e Clarice Lispector no Twitter entre 2018 e 2022 utilizando a perspectiva teórica das Humanidades Digitais decoloniais e feministas na América Latina e do feminismo de dados. Emprega processamento computacional para captar, compor e processar grandes massas de tweets que referenciam as autoras. Partindo da Análise do Discurso Digital e do Estudo dos Afetos, considera as práticas de citação, nomeação e referenciação de Pizarnik e Lispector no Twitter como performances tecnodiscursivas capazes de construir laços afetivos, de compreensão e constituir comunidades no Twitter. Argumenta-se que essas performances possuem três funções fundamentais: criar coletividades feministas, genealogias e memória discursiva, formando sororidades e dororidades; explorar o afeto como forma de exploração da subjetividade marcada pela falta e pela possibilidade de afetar e ser afetado; e mobilizar sentidos políticos que repolitizam o afeto e a emoção, adquirindo força na vida pública.